terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA



O homem em sua caminhada dificilmente esquece-se do que fez. Isto porque existem outros homens que se lembram de muitos acontecimentos que por algum motivo alguém esqueceu, em seus comentários diários. Independente se valorados como bom ou ruim. Mas, existem acontecimentos que ganham notoriedade dentro de uma sociedade, já que representaram um momento importante no contexto de forja da identidade de um grupo humano qualquer. Outros, porém, apesar de não serem notórios viram segredos, pois se somados a outros possuem o potencial de se tornarem notório. É difícil avaliar qual circunstância é mais impactante para um grupo, ou seja, a que simplesmente acontece notoriamente ou aquela que vai concentrando e um dia se revela.
Dentro desta perspectiva, as relações humanas sempre foram forjadas sob a luz de interesses diversos, que produziram uma história contada de diversas formas, maneiras e interesses. Deixando, sempre um rastro oculto nas entrelinhas dos fatos, e por consequência obscurecendo a verdadeira gênese que originou uma realidade paralela, que se sobrepõem a realidade que o homem deveria ver, mas não consegue.
Contemporaneamente, não existe uma verdade histórica, mas várias verdades, norteadas por ideologias. As quais se formam de sonhos utópicos, mas se tornam pesadelos, já que se transformam em ferramentas para as anomalias que tentam sustentar seus interesses, no que tange a distorção da interpretação a seu bel prazer. Pois, alguns humanos perceberam que quem domina o passado, domina o futuro. Mas quem domina o presente é o senhor do passado.  Pois, domina as ações.
Mas o homem aprende com que entra em contato. Evolui através dos obstáculos que enfrenta. Escreve sua história de forma única e abrangente, mesmo não percebendo isto. Pois, como o ser humano não sabe para onde vai, tão pouco de onde venho, vive seus dias como se fossem os últimos. Consequência de ter se condicionado ao tempo.
Tempo. Elemento artificial que metaforicamente ocultou o surgimento do ser humano, lhe legando uma questão, que se um dia resolvida, transmutará a consciência humana e possivelmente radicalizará as relações humanas.
Bem vindo ao Universo de Cronus, o seu deus! O deus que louvamos, mas não o reconhecemos. Você pode pensar e expressar que não acredita nele. Mas, o reverencia e o obedece. Pois, ele tem o controle sobre seu cotidiano e conta os passos rumo ao estado terminal. Como também consome a sua lembrança. Constroem-se monumentos em louvor a ele. Quem entende o Reinado de Cronus, percebe o estado presente, já que abandona o estado passado. Isto ocorre, devido ao domínio da consciência sobre a irrealidade da vida e da morte.  
O tempo, uma criação involuntária do homem duplamente sábio. Um elemento que não existe, mas tem forma. Já que na prática parece existir e existe. Seria um apontamento para a prova de que o homem cria concepções ilusórias e condicionam as pessoas a acreditarem, a ponto de fazerem elas serem reais?
O grande segredo do Reino de Cronus, é que não é o tempo que se move. Mas sim seus súditos e marcos. Que a propósito, estão em constante movimento mesmo não parecendo. E isto ocorre por eles simplesmente existirem e constantemente interagirem elementarmente entre si. A ação e reação que estão sujeitos todos os elementos compostos de quasar ou outras partículas desconhecidas são os principais vetores que criam a ideia que o tempo é real.   
A relevância em se entender esta reflexão sobre a convenção tempo, é o principal norte para se compreender a ideia “de ver o que ninguém vê”, de identificar o que nos é apresentado como real, mas que sua raiz não é. Pois, na perspectiva da noção do tempo, se encontra a vinculação dele com o espaço, movimento, condicionamento e absolutismo da concepção.
Ao contemplar o tempo, se entra em contato com outros universos. Ou seja, a partir dele, se chega a pontos até então não relacionado a eles. Por que disso, porque ele possui um espírito artificial, existente, mas não existente. Assimilar como uma coisa que não existe consegue influenciar o que existe, é entender a fé e o poder dela, mesmo este questionamento sendo mais uma metáfora.        
É um assunto complexo, sem nexo, mas que possui um reflexo de múltiplas interpretações e condicionamentos. Pois, um dia alguém observou ou deu a ideia que não existem verdades absolutas, no que tange o que é transmitido pela história ou estória. De repente uma mentira repetida várias vezes e por um longo período, se torna uma plausível verdade. E o que era verdade morre e é ocultado por mentiras geradas para proteger a mentira principal. Uma verdade artificial?
O tempo foi ou é uma verdade artificial criada com um propósito que nos separou de vez do mero marco instintivo de sobrevivência. Supostamente nos beneficiou, mas nos deu consciência de que a morte humana a cada dia que passa mais se aproxima de nós. E como grande numero de pessoas possuem temores em relação à morte, as doutrinas exploram isto para controlá-las dentro de um padrão. Ou interesses diversos fazem o mesmo. Sendo assim, devemos aproveitar a vida humana! Mas que tipo de vida se deve aproveitar?    
A presente noção de tempo se torna necessária justamente porque o contexto que envolve o ciclo da vida artificial encontra-se sobre os domínios da convenção do tempo, um elemento que a principio só existe na psique humana, como fato delimitador de acontecimentos e da nossa relação com o meio de sobrevivência que escolhemos. Neste sentido, a noção de tempo que rege a humanidade, é a que define que este é meramente uma convenção humana. Pois, a psique capta e identifica apenas o que tem movimento e o elege como marco para limitar suas ações.
O Reino de Cronus, o Titã dos Titãs. O nada que existe, um lugar para servir para dar existência a coisas reais, criadas de quasar. Onde tudo em volta dele passa, tem movimento, sem nunca desaparecer, apenas se transformar em algo novo.         
A contextualização do universo de Cronus no contexto da Teia da Vida é um dos assuntos mais complexos de serem compreendidos, pois, se emprega o norte de sua natureza em diversificados sentidos. Porta-se na perspectiva de um novo horizonte de percepção deste assunto, mesmo não se contemplando a presença das diversas reflexões de sua diferenciação clara vinculada as suas diversas noções. Diverso deste fator apresentado ocorre também à obstrução cujo, contemporânea concepção da psique humana, se compreende inepta para racionalizar assuntos que transcende o universo dimensional do homem.
No contexto destas exposições a noção de tempo, deixa de ser exclusiva ao tempo convencional propriamente dito. Mas segue na perspectiva, que tudo tem sua hora e momento, tudo acontece conforme os eventos resultantes da metamorfose determinam, e uma vez ocorridos, são irrecuperáveis. Mesmo se possível fosse retornar ao momento de sua ocorrência. Pois, se criaria um novo problema, que acarretaria na saturação da rede, provocando o surgimento de uma teia paralela interligada.
Diante desta exposição, se torna notório, que o tempo é um estado complexo que permeia a sua própria existência, pois, ele não existe, mas existe. Um estado contraditório, porém, que fundamenta de forma precisa a perspectiva condicionante humana, que permite criar um sistema paralelo, no entanto, descontínuo, ligado ao sistema natural, o corrompendo e o alterando drasticamente. Escravizando desta forma seus elementos.
Apesar da apresentação do texto ter sido exposta de forma complexa, pois, é uma criação humana, uma artificialidade com fundamentos, é possível encontrar nela a chave que permite escancarar as portas do horizonte proibido. Eis que quem compreende a alma do tempo, consegue dar inicio as explicações de problemas que permeiam a vida, a partir de sua interdependente gênese. O tempo é uma misteriosa e profana metáfora, que permite através do contexto de sua racionalidade existencial, dispor-se em analogia a solução de outros mistérios. O tempo não é o segredo, mas o Guardião e o guia dos segredos. Já que na forma que ele é apresentado, se contempla que ele esta longe de ser um conceito (artificial) e também distante de ser um principio. Isto ocorre porque do tempo decorre uma compreensão e analises que não se limitam a condição natural que a concebemos no cotidiano.     
Nesta condição apresentada, o mistério e as questões que se vinculam ao tempo se resumem em: movimento (ação e reação). Ou seja, o que o contexto desta complexidade quis demonstrar é que quem anda não é o tempo. Mas sim os seres que evoluem e toda a matéria que possui naturalmente um quasar se alteram. Mas cedo ou mais tarde. O tempo não existe porque é o homem que percebe suas próprias alterações e as alterações a sua volta e credita marcos para planejar como evitar tudo aquilo que vê. Porém ao criar marcos criam as formas mais simples de manipulações e prisões contextualizadas a perspectivas.  
Muitos verem a “máquina do tempo” como utopia, outros como um grande sonho ou desejo, mas são poucos que descobrem que ela é uma metáfora, o qual sua lenda, carrega informações que realmente transcendem o tempo e o espaço. O seja, o segredo que desmistifica a realidade. E que oculta à essência vital. Pois, ao descobrir a essência existirá uma grande possibilidade de se contemplar suas metamorfoses e objetivos.
A essência é a história, ou seja, as marcas de existência.
Todos possuem histórias. Tudo faz história, até o que é inanimado. Algumas teorias dizem o contrário. Que valor tem uma teoria que só considera como agente ativo o ser humano? E quando não tinha os seres humanos não existia história? Por que a Ciência fala de dinossauro, ou seja, conta a história deles? E a Terra em formação, quando não tinha vida, não é contada a história deste acontecimento?
História é um processo de reações e ações, conscientes e inconscientes que se desenvolve no “nada que existe, um lugar para servir para dar existência a coisas reais, criadas de quasar”, interferindo no sistema natural que por efeito atingi o artificial. O ser humano reflete esta condição, pois ou age dominado pela razão ou pela emoção.
Antes de querer entender a realidade, se deve entender a história (essência) das ações e reações do homem, tanto dos que participam diretamente, quando daqueles que tecem julgamento. Pois, tudo tem uma essência comum, um padrão, ou seja, o norte para as complexas reflexões que serão a sua sombra a partir de agora.
Este já é um segundo propileus que você curiosamente adentrou. É o mundo de transição entre a superficialidade do que se vê e o espontâneo afogamento em paranoias sem fim. Quando se tece sobre ações e reações conscientes e inconscientes, que esta seja entendida em lato senso, ou seja, se estende tanto ao aspecto da ação propriamente dita, quanto da análise que se desenvolve. Pois, se uma análise se influencia emocionalmente o resultado será diferente de uma perspectiva racional. Deste que esta não esteja corrompida por doutrinas, teorias, técnicas ou coisas que norteiam uma determinada conclusão.

Difícil ser imparcial. A história quando verificada a sua essência, os seus métodos, fontes,... proporcionam resultados que fogem de técnicas, doutrinas, teorias entre outras. A ideia não é entender e se prender em avaliar o que realmente é certo, mas sim refletir, se comportar como um sábio, observar e escutar e pensar. Quanto a hora exata de agir, que se entenda como uma mera questão de sobrevivência quando necessário.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ENTENDENDO O QUE NÃO SE ENTENDE OU ACREDITA.


Estou perdido! Então você esta no caminho certo! Respondia o eco que vinha do labirinto que é atravessado quando se procura por algo cujo, não se sabe o que é. É assustador, mas atiça a curiosidade. E quanto mais se descobre, mas ficamos perdidos. Até, que aparece um novo rumo, que nos ensina mais um pouco, mas, propositalmente nos abandona. Parece que nos força a pensar, a considerar tudo que foi aprendido até ali. Então olhamos para cima, e vemos que o labirinto não tem teto, apenas parede, que podem ser escaladas, para lá de cima ser contemplado um caminho sem obstáculo. Plano, com um fim não condicionado. Mas para ter alcançado esta conclusão, tivemos que ver o que o condicionamento das paredes dos corredores do labirinto não permitiam. Tivemos de ter a coragem de escalar as paredes, as quais eram altas demais, e que poderiam ser o caminho para a morte ou a deficiência, se caso caíssemos. Porém, tínhamos que decidir, já que descobrimos um caminho novo. Mas o problema era considerar o que era fundamental para uma coerente decisão. E não a uma superficial decisão, que pouco faria diferença se seguíssemos pelos corredores do labirinto, ou andássemos, sobre eles.     
Neste contexto, as considerações fundamentais se tornam uns dos elementos básicos da sabedoria, que se reverte ao processo de reflexão, para a ampliação das perspectivas encontradas nas tendências que fundamentam nossa maneira de pensar e agir no contexto da Ordem. Isto não quer dizer que sejam noções rígidas, que devam ser tomadas como único norte que fundamente as ações de um Guardião. Porém elas são noções em sentido amplo que funcionam para ativar o processo de decisão entre proteger ou não proteger a Ordem. Ou seja, elas não vão produzir uma resposta para o veredicto final, mas sim vão criar uma complexa abordagem que mais confunde, do que soluciona. Pois, isto se deve pela forma que os seres humanos são forjados, e pelo próprio reflexo evolutivo desse sistema interdependente.  
A não compreensão ampla dos elementos fundamentais, além do que é escrito, é a não compreensão da nossa própria missão existencial, seja ela, como Guardião da Ordem, ou como, um mero viajante pelos fios que tecem a Rede. Pois, as ações humanas, não são estáticas como as palavras construídas com letras de um alfabeto fonético.
Porém, quais são estes elementos basilares?
Deveriam ser noções amplas de valores. Mais isto é superficial demais. No que tange o deslumbre de um macro universo complexo. Por este motivo, não existe uma lista. Isto ocorre porque, não é um rol de conceitos que definem o norte a ser explorado, e sim a necessidade, dentro de um processo de erro e acerto, a qual só pode ser compreendida observando, refletindo e a vivenciando. Valores são o resumo da expressão concreta da artificialidade humana.
 Diante disto, tudo se torna relevante e ao mesmo tempo descartado, já que estamos cercados por consequências de nossas próprias ações, motivadas por reações, de gênese sentimental, instintiva, racional, ideológica, natural,... Este fato acontece, porque se encontramos presos a um campo complexo e ilimitado de ligações, que se tornam a matriz  uma das  outras. Entendendo estes elementos fundamentais, que complexamente serão definidos na necessidade da caminhada do ser, se entende os elementos derivados deles que muitas vezes são a evolução e sustentação da vida.   
Porém, seu desafiador e suposto entendimento, independem de serem analisados pela lógica formal. Porém, que se condicionam involuntariamente a quebra da lógica, desvinculada de qualquer técnica de análise única e exclusiva. Isto porque, ações  humanas não são números e não se estabelecem dentro de uma consideração exata. São variáveis extremamente radicais, dinâmicas sem nexo e complexas, fora do universo plano.   
O que deve ser considerado e como encontrá-los?
Primeiramente é entender a “consideração geral”, a qual se liga a sobrevivência humana, uma sobrevivência que não destrói a Teia, mas que se reverte em consequências ao ser humano e ao meio que lhe faz sobreviver. Pois, rompe os fios que o liga com a essência original, com um estado de espírito condicionado á uma utópica harmonia. Ou seja, que desacelera o processo de metamorfose da Teia. Acelerado pelos seres humanos, que desencadearam o que não tem como ser parado, a não ser por um grande processo de caos, que deve ser no mínimo adiado. Pois, caso contrário, o principal vetor da mudança que é o homem, tende a desaparecer.  
E em um segundo momento, é que resposta condicionante, não responde esta questão. Como também nada que corrompa o livre-arbítrio. Porém, esta resposta já é uma condicionante de ação. Diante disso, o mais plausível a ser tecido, é que o caminho da sabedoria, esta em aprender a escutar, refletir e a ter paciência para descobrir. Pois, quem deve mostrar os nossos primeiros passos, são as nossas ações e pensamentos.
Se olhe pelos olhos dos outros, mas não obrigue ninguém a te ver pelos seus olhos. Não crie uma lista do que deve ser considerado ou desconsiderado, no que tange uma reflexão. Pois, o que vale agora, por causa de uma nova visão ou conhecimento de uma nova plausível informação, não terá o mesmo valor amanhã. Nunca esqueça, a vida é uma constante metamorfose. Uma variável indefinida que não se adapta a nenhuma lógica. Mesmo, havendo tentativa de se fazer isto.
Não espere que os outros compreendam seus pontos de vistas e raciocínio. Mas observe e considere que apesar de todos humanos possuírem uma racionalidade, estes não a desenvolvem da mesma forma. Por este motivo, em muitas situações o que para você é um conhecimento comum, para outrem é extremamente complexo. Mas a de ressaltar que isto é válido em sentido amplo, e não apenas na interpretação destas palavras. Pois, quantas foram as vezes que na busca de um serviço profissional ou informação, somos surpreendidos por pessoas que não possuem as informações necessárias ou a competência que seu cargo ou status exige? Ou quando possuímos a informação correta ou o conhecimento do procedimento necessário para um específico fato, e simplesmente os buscamos na necessidade de uma circunstância, verificamos que o que buscamos esta sendo feito errado pela pessoa responsável. E quando demonstramos o erro ou pleiteamos o que é certo, não somos atendidos, porque a pessoa acha que ela esta certa. Consequências: conflito, efeitos futuros,...  Ou seja, tudo porque alguém não possuía o conhecimento necessário para recepcionar uma solicitação cotidiana, a qual deveria dominar e não achar que esta certa. Com os pensamentos complexos e mais abrangentes ocorre o mesmo. Não espere que todos possuam o mesmo status de sabedoria e conhecimento que você carrega. Eis, que uns ainda não conhecem e compreende as informações que você carrega (não me refiro apenas a filosóficas, mas também as gerais e notórias). Já outros podem estar mais avançados. Existem ainda os que aparentam conhecer algo, pois possuem muita informação e conhecimento, mas não carregam a sabedoria além de não perceberem o condicionamento doutrinário que os cegam. No entanto estes se acham com a razão.    
Porém, a consideração fundamental principal que deve ser sempre respeitada, é a interdependência existente entre as noções de valores e suas respectivas gêneses. Fundada em noções reais, e não em condicionamentos. Fundado no que existe e não no que é artificializado pelo homem. O que parte de uma mentira, nunca vai ser verdade, mesmo não havendo lógica na Teia da Vida. Identificar o que existe realmente, e dar os primeiros passos para afastar o caos que afronta a vida que condicionamos. 
Se percebermos que existe uma interdependência entre ações e reações, então se considera que para entender as consequências geradas pelas dores de uma alma, é necessário primeiramente, explorar, refletir e compreender a fundo, as dores que levam sombras a nossa própria alma. Esta é a consideração base que não se pode deixar de contemplar.
Antes de questionarmos as imperfeições mundanas, devemos verificar se nos estamos realmente certos. Se são coerentes nossos raciocínios. Se eles não se contradizem. É esta a consideração fundamental para a análise de qualquer valor, observação ou pensamento. Pois, se concluímos algo com a alma corrompida por um raciocínio imperfeito. Por efeito a visão que temos do mundo será imperfeita e passível de contestação.  O problema é: como descobrir se estamos raciocinando certo, sem a ação de condicionamentos e elementos que corrompem qualquer ser?   

domingo, 2 de fevereiro de 2014

CEGUEIRA?

Transcender o que observa, um desafio para grande parte da humanidade. Ser visionário e não profeta. O que temos na contemporaneidade são repetidores de informações e conhecimentos nos mais variados  setores da sociedade. É notório ver a inteligência se manifestando. No entanto, é raro contemplar os lastros da sabedoria e da criatividade no conhecimento acumulado. Os poucos que transcendem a esta condição muitas vezes se tornam reis em um mundo de cegos, pois se tornam personalidades influentes. No entanto, o dom de “ver o que ninguém viu ainda”, muitas vezes pode ser utilizado de forma negativa fazendo o “ser racional” propagar falacias como reais para atender interesses do “rei”. Bem vindo a Terra do Ciclope, onde o rei viu o que ninguém viu e tirou proveito desta condição. Quem é o Rei: os lobos e raposas fantasiados de ovelhas que caminham ao nosso lado e nem percebemos.

Manipulação, alienação, hipocrisia, demagogia,... sinais notórios da cegueira que permeia a sociedade. No entanto, essas manifestações se propagam livremente na expressão do ser humano comum, ou seja, o leigo. Porém, o suposto ser intelectualizado é o mais leigo de todos, pois acha que a concentração de conhecimento é o suficiente para ver o que ninguém vê. Outros, querem mudar o mundo, porém, norteados pelo seu intimo ponto de vista, no entanto, se quer conseguem resolver questões domésticas, ou seja, o início de uma verdadeira revolução.

Em terra de cego o pior cego é aquele que não explora os outros sentidos para ver! Então temos o ser que grita por lei e ordem, mas esquece que também terá que colaborar com a desejada lei e ordem. Outros gritam por valores, mas sequer buscam preservar estes valores de forma pratica. Outros são contra o capitalismo, mas são os melhores exemplos de capitalistas que se possa ter... Quem esta com a razão?

O Estado é culpado! Mas o Estado é uma entidade artificial, pois a sua essência é mantida por pessoas (que não são de outro planeta), mas que saem do seio da sociedade, carregando os costumes e ponto de vistas da mesma. É o Estado culpado?

O sistema é culpado! O sistema é mantido por pessoas e o pior que aqueles que se adaptam ao mesmo são os mais propagadores dele. 
Em fim..., quem é culpado?

Talvez a imagem que se vê no espelho seja a melhor resposta, pois o ser humano pensa que são as grandes ações, os grandes golpes,... que mudam a realidade, no entanto são as pequenas, ou seja, aquelas que o ser controla no seu cotidiano. Nunca devemos esquecer que o maior poder manipulado na Terra até então, esta na essência da matéria, no núcleo do átomo. A própria Natureza aponta que são as menores coisas que se refletem em grande mudança,...

A cegueira não deveria ser um estado permanente, mas um incentivo para se buscar novas alternativas de visão.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

LUGARES INCERTOS?


Um horizonte diferente ocultava-se em minha frente, de forma clara, mas que nunca tinha percebido, era o que eu não me permitia ver, mesmo sem ter a necessidade voluntaria de querer isto. Mas este horizonte estava guardado, por seres, semelhantes aos homens, mas que transmutavam em leões para perseguir e devorar aqueles que tentassem atravessar qualquer portal o qual levasse até o mundo que possuía aquele horizonte tão intrigante. Pelo menos foi o que pensei, vivi e aos poucos compreendi aquilo tudo.  
Observei muitas esfinges me observarem, desejosas e sedentas para beber de meu sangue e degustar minha carne. Porém, não dava motivo para elas me atacarem, pois, apenas deslumbrava aquele horizonte de longe, da mesma forma que percebia que outros também faziam o mesmo. Mas, temerosos assim como eu, apenas observavam.
Por algum motivo, que até o momento não saberei explicar e duvido que algum dia eu consiga, uma esfinge discretamente se aproximou de mim, e fez a tradicional pergunta: responda-me rapaz, que ser que pela manhã, anda de quatro; a tarde anda sobre  dois pés; e a noite anda com três pés. Sem esboçar pensamento algum, respondi que era o homem, mas já me preocupava com a reação.
Para minha surpresa, a esfinge respondeu: não se preocupe com a minha reação, se preocupe com a reação do ser que você encontrou neste enigma. Pois, eu não estou aqui para impedir que as pessoas vejam o que já observam a tempo. Mas sim, para mostrar, que o monstro que aterroriza os curiosos, não é o meu corpo de leão, mas, a minha cabeça de homem. Eis que, penso como eles.
Parei, olhei para aquele propileus, e perguntei: se você é a sentinela deste portal, e pensa e age como homem, porque me deixaria entrar por este portão, se ele está tão bem escondido na minha frente? Então, parei e fugi, para longe e por muito tempo, até que um dia voltei, e lá estava a poderosa esfinge, olhando para mim. Está de volta! Exclamou ela.
Perguntei o que aconteceria se eu adentrasse por aquele portão, e ela respondeu que a resposta se descobre intimamente sozinho, apesar d’eu já carregar ela em mim. Porém, ela avisou: cuidado com o ser que caminha diferente no passar do tempo. Não perguntei por que, pois, de alguma forma já conhecia a resposta, mas faltava entendê-la. Então eu vi o mostro morrer em minha frente, transformando-se em uma possa de água, que refletia uma imagem turvada toda vez que olhava. Demorei em perceber o significado daquilo tudo, mas quando descobri, percebi que já tinha sido devorado antes mesmo de deslumbrar de longe aquele horizonte.
O que fazer agora?
Não sei mais o que sou. Tão pouco o que serei, e porque fiquei assim. Sei lá se morri ou nasci. Eis, que descobri que tudo é superficial. Tornei-me um paranóico, vendo coisa, onde ninguém vê nada, ou hipocritamente finge que não percebe. 
Tudo que sei apenas, é que quem sou ou devia ser pouco importa. Pois, observando as experiências vividas na Rede da Vida, sou um ser sem rosto, nome ou apelido, devo caminhar entres as pessoas, como um ser igual, sem características que me definam. Eis, que é assim, e somente desta forma que um “renegado” deve ser e se comportar neste corrompido planeta, e é assim que ele deve tentar se manter, mesmo caminhando entre trevas e tentações.
O que, se deve saber sobre mim é que sou o que está na vanguarda, o protetor resoluto. Este é meu nome, é assim que me denominam.  Minha história neste planeta já possui muitas páginas escritas, rabiscadas e imortalizadas em um livro que ainda esta se redigindo, até aos dias em que ainda se podem contar. Acredito em sentimentos, mas não acredito nas pessoas. Mas mesmo assim tenho que as protegê-las e educá-las. Pois, elas são o meu futuro, e eu o futuro delas. Não importando se sou ou não o ser real que deveria estar se preocupando com isso. 
Quem eu era o deveria ser, foi exterminado na minha frente, com a minha concessão. Simplesmente porque vi, ouvi e senti um santuário que poucos percebem. Que se esconde sob os nossos olhares, viaja com o som e nos toca nas mais diferentes manifestações da ação humana.
Herege o instante em que percebi este mundo. Desvirtuado o momento em que a curiosidade tentou-me a explorar o que se escondia atrás de um muro construído com sólidas e impermeáveis rochas transparentes. Mas amaldiçoado, foi o momento em que achei um portão, em tão magnífica e poderosa estrutura.
Quantas vezes com ares sanhudos de façanhas cruzei aquele portão. Quantas foram às vezes que ignorei os avisos que em suas colunas estavam sabiamente redigidos. Porém, poucas foram às vezes que voltei da mesma forma que entrei. No entanto, aprendi de forma prática, o que os avisos me alertavam. Eis, que o reino profanado, é carregado por quem lhe visita. Jamais é esquecido e infelizmente corrompe tudo aquilo que até então foi construído convencionalmente.     
Quem atravessa este portão, já sente um vento incomum que toca a alma. E este vento aos poucos se torna uma tormenta, que se tipifica numa difícil missão de viver em paz. Nada tem fundamentos plausíveis, mas tudo que deve embasar o exercício do raciocínio, não possui mais origem no campo da indignação. Mas sim, na simples  observação de ação e reação da vida que nos cerca, no suposto mundo real e palpável que trilhamos. Mas, em um contexto, valorado no discutível mundo dos poderosos deuses do Inferno.
O sentimento rebelde que ascende não se forja mais em motivações superficiais. Pois, ele faz parte da natureza do ser, que busca defender sua sobrevivência natural, e não interesses artificiais. Todas as pessoas o carregam. Porém, poucos conseguem o despertar de forma racional e útil.    
A ascendência rebelde, não se reverte em ser expressa contra o Governo. Pois, é fácil e superficial julgar e culpar, aqueles que assumem responsabilidades por tudo e todos. Mesmos estes fazendo um péssimo trabalho e servindo como ferramentas dos  interesses obscuros dos “deuses”. Mas..., tais sentimentos exaltados, fazem-no refletir, e esta reflexão, leva-nos a lugares complexos e conflitantes. Pois, apontam sempre para um grande espelho, onde o reflexo, não mostra o que é condicionado a ver, mas o que realmente é, mas que não se aceita contemplar como imagem real.
Imagens que nos mostram culpados em relação aos problemas que a sociedade possui. Vi-me refletido junto com meus pares, que fazem parte da sociedade global. Pois, somos cidadãos hipocritamente passivos, esperando por um “herói”. Não lutamos contra o Câncer, que causa tantos transtornos. A qual se reverte não em um único ser, mas num conjunto de atos, que moldam anomalias que a mãe sociedade despreza. Possuímos dons para transmitir a harmonia e o bem comum de forma simples, prática, desvinculada de dogmas e ideologias e abrangente, porém, nos recusamos a desenvolvê-los em virtude da troca que devemos fazer no contexto de nossas vidas.   
Contemporaneamente esta ascendência rebelde, rompeu a solidão, e se propagou como radiação. Porém, somos bandidos, por caçar bandidos! Fazemos mães chorarem, pelo filho que não soube cuidar. Fazemos a sociedade se apavorar, ao resolvermos de forma objetiva, o que poderia ser evitado e resolvido por atos simples. Causamos o medo em você, para você lembrar que possui uma consciência a temer. Não queremos o título de “herói”, só queremos equilibrar este mundo, para salvar nossos destinos.  Eis, que este planeta é a minha, a sua e a nossa casa. Pois, somos aqueles que romperam o selo e atravessaram este propileus. Agora nossos espíritos vagam sedento sob os amargos raios do sol. Correndo o risco que os poderosos “deuses” do Inferno, nunca permitam que nossos corpos e almas, jamais encontrem descanso.      
Julguem-me como louco. Mas seria normal aceitar tudo que afronte nosso livre arbítrio e sobrevivência, quando percebemos um mundo de mentira e ignorância.
As linhas tecidas que imortalizam o vento paralelo, não servem para justificar,  ou argumentar sobre um horizonte “profano” que poucos param para deslumbrar, livres de ideologias e filosofias. Mas estas linhas são um apelo para pensarem antes de se amaldiçoarem no confronto de refletir sobre o seu intimo ser e o seu reflexo na alma da sociedade.
É de consciência, de que tudo de profano que foi tecido com linhas exóticas, até o presente necessita de uma percepção qualificada e receptível, desvinculada de valores. Pois, caso contrário, só haverá uma recepção ingênua, superficial, e de julgamentos sem nenhuma reflexão. Pois, o juízo social, nem sempre se traduz em justiça, mas em satisfação e proteção de interesses.
Não sou uma esfinge que guarda o propileus, nem um guia desse mundo exótico que poucos querem ver, tão pouco alguém para ser.  Não existe necessidade de procurá-lo, eis, que é ele que nos procura. Mas se querem buscar a maldição, primeiro se achem nos seus próprios caminhos. Procurem por exemplo: saber com quem andam e onde andam os seus filhos. Descubra de onde vêm os bens de seus parentes, se estes forem incompatíveis com a renda que eles possuem,...
É! Às vezes os primeiros sinais do portal, que se encontra no paralelo horizonte, se abrem no seio de nossos sonhos. Pois, este é o seu disfarce.
Este é um propileus. Um portal, lacrado. Um sinal nítido de proibido a entrada. Um risco eminente para o ciclo existencial. Pois, do outro lado existem estórias que o Anjo da Morte, ceifa almas. E que a Fênix a ressuscita em seu fogo. Porém, ficam marcas de ter conhecido a morte. Quem atravessa este propileus, deixa de ser escravo para se tornar servo de um novo senhor onipresente, que se oculta no próprio ser.
Ninguém é obrigado a atravessá-lo, mas uma vez atravessado, se tornará um renegado. Um condenado, a vagar pelo planeta como um alienígena. É o preço pelo que não se pode contemplar sem lutar. É um valor muito alto, para quem renasce.
Este é um propileus, é o reflexo de sua consciência e razão. É o seu universo, o seu segredo propagado. O seu fim, e o seu começo, diante de uma realidade profanada.
Você quer atravessar este propileus?
Então, pense em tudo que leu até aqui, não observe a literalidade das palavras, mas o mundo que se esconde em seu verdadeiro sentido. Pois, é esta visão que você ira deslumbrar a partir do momento que atravessar este portal. Porém, um aviso: existe muito a perder, em relação a ganhar. 
Saiba que todos nós temos alguma coisa para perder. Porém, o que perdemos muitas vezes, era o que achávamos ser algo vital, intocável e extremamente protegido. A tal ponto de sermos escravizado por isto. Pois, o que ganha perdendo isto, é a liberdade. Mas não a convencionada pelos homens. Mas a liberdade de perceber, que não somos livres, que estamos ligados uns aos outros, por nossa essência, não importa se energética, atômica ou espiritual. Isto, pouco vai importar, pois, só o fato de perceber esta interdependência, já nos torna prisioneiro com uma missão ingrata.
Não deveria dar conselhos se deve ou não atravessar este propileus, apenas avisar, descrever superficialmente a face, do que não era para ser visto. No entanto, o livre- arbítrio deve ser respeitado, não importando a situação ou consequência, pois, é ele que nos faz evoluir.
Se quiser atravessar este propileus, evite olhar para trás, não pense no que irá perder. Tão pouco, crie perspectiva sobre o que vai ganhar. Este é o mundo do dever ser, para que os outros sejam como se deveria ser. O que nós deveríamos ser então?
Não existem vícios, bem ou mau, morte ou vida, paz e guerra,..., somente sentimentos, já que eles são parte natural do homem. No entanto, não se radicalizam tão pouco adormecem. É o mundo do sonho dos homens, mas que não satisfaz ele.
Gostaria de convidá-los a deslumbrar este mundo, mas não devo. Porque sei, que ninguém fará um passeio por ele, já que ele não é um lugar que permite ser deixado. Quem entra neste mundo, jamais sai dele, carrega ele para sempre. Ele não é um refúgio, tão pouco um retiro espiritual, mas é o último lugar que se deve estar, quando se pretende achar um rumo para a vida. Pois, quem se perdeu na vida, procura a morte ao entrar e descobrir o que representa.
Este é um propileus, um portal, que leva ao nada, até ao lugar nenhum. Onde se perde tudo, e não se acha nada. É uma maldição, que não vai morar mais em você, mas em outrem. Pois, você, viverá de seus passos e dos passos de seu próximo, e também de quem você nunca viu. Porque você carrega um segredo, que não é segredo. Mas que todo mundo vê, mas não percebe.
O que é proibido te escolheu, mas você não precisa aceitar esta escolha. Porém, nunca transcenda este propileus, sem o ter o compreendido. Da mesma forma, jamais evite a compreensão dos outros portais que ira encontrar. Siga sempre pela estrada, nunca por atalhos. Estágios cortados são raciocínios mal interpretados.
Não recaia na tentação; não entre por curiosidade; não entre pretendendo aprender, tão pouco para criticar. Entre para refletir. Mas saiba, que ao entrar, por este portal irá passar outras vezes. Porque é da natureza maldita dele. Mas ele é o menor dos problemas, já que se continuar, deve se preocupar com o aquele que anda diferente ao passar do tempo. Eis que ele é semelhante a você, mas não pensa como você, e nunca pensara, pois, é ai que mora o segredo da evolução não importando se biológico, social ou espiritual. Nunca se esqueça disso e reflita sempre sobre isso.